domingo, 5 de maio de 2013

Estudos em Soteriologia - Aula 007 - Eleição da Graça - Parte 2

A "ELEIÇÃO DA GRAÇA" COMO UMA OBRA DE AMOR

O primeiro passo em nossa consideração sobre a obra a "Eleição da Graça" é que ela se trata de um ato de amor da parte de Deus. Ou seja, devemos olhar este propósito salvador de Deus sempre focando a questão de como Ele decidiu revelar a sua graça. Entre tantos motivos, é por isto que estamos qualificando a eleição como obra da graça de Deus, assim como Paulo o fez em Romanos 11.5.
E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já fora dito a ela: o mais velho será servo do mais moço. Como está escrito: amei Jacó, porém me aborreci de Esaú (Romanos 9.11 a 13).
Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, Rei do Egito (Deuteronômio 7.7 e 8).  
Como se pode observar nestes textos, o SENHOR justifica a escolha que faz pelo resgate do seu povo baseado sempre no seu amor soberano. O primeiro ponto que devemos considerar sobre este amor é a autoridade de Deus para amar a Jacó e não a Esaú (Malaquias 1.2 e 3). 

A autoridade do amor soberano de Deus é baseada na sua identidade como Criador
Como Criador de todas as coisas, o Senhor tem toda autoridade sobre a sua obra. Ele pode dispor do que criou da maneira como melhor atender aos seus planos e vontade. 
Paulo, pontuando sobre esta autoridade de Deus de amar a Jacó e odiar a Esaú assim argumentou: 
Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus? Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: porque me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro para desonra? (Romanos 9.20 e 21).
A autoridade do amor soberano de Deus é baseada exclusivamente na vontade de Deus não determinada pelo homem
Outro aspecto no qual devemos basear nosso entendimento da eleição da graça é que ela foi um ato livre e soberano de Deus determinado exclusivamente por sua vontade, boa e perfeita. 

Assim, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. (...) Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz (Romanos 9.16 a 18).
assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele, (...) segundo o beneplácito da sua vontade (Efésios 1.4 e 5).
É necessário frisar nestes dois tópicos que o decreto da eleição da graça é um ato da vontade livre e soberana de Deus, o que importa dizer que tudo mais decorre deste ponto. OU seja, o próprio envio de Cristo Jesus para o resgate dos homens é uma consequência desta vontade livre e soberana que ama pecadores e decide salvá-los apesar de sua condição de condenados pelos seus próprios pecados.
O amor eletivo de Deus precede o envio de seu filho é a sua causa motriz. O próprio desejo do Filho de ser o nosso Redentor decorre do desejo de satisfazer à vontade do Pai. Ele veio a nós, porque o Pai nos escolheu para si. 

A Natureza da Eleição da Graça

É imutável - é seguro dizer que podemos confiar nela - 2 Timóteo 2.19
É eterna - já fizemos menção disto - Romanos 8.29.
É incondicional - não é determinada por nada externo a Deus, senão por sua vontade somente - não é um abra definida por nós e por aquilo que fazermos, mas pelo desejo de Deus manifestar sua misericórdia e amor (Atos 13.48). 
É irresistível - Salmo 110.3 - Filipenses 2.13 - mesmo que o homem se oponha a ela, não é capaz de manter-se longe de seu poder. Deus, muda as inclinações da nossa vontade e nos conduz a ele. 

O Propósito da Eleição da Graça
Salvação dos eleitos - 2. Tessalonicenses 2.13
Glória de Deus - Efésios 1.6, 12, 14; 2.10. 2 Timóteo 2.21
Mostrar o poder da Ira e da Misericórdia de Deus, ressaltar sua graça - Romanos 9.19 a 23. 
  



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