terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Pneumatologia - O Espírito Santo como: O Organizador de Tudo - Prof, Diac. Marcelo Guadanholi.

Pneumatologia: se refere ao estudo do Espírito Santo.
A Obra do Espírito Santo.
Tema: O Espírito Santo como: O Organizador de tudo.

·        Hoje vamos falar como é essencial a participação do Espírito Santo na Criação.


·        A obra do Espírito Santo consiste em levar toda a criação ao seu destino, ao seu propósito final, que é a glória de Deus.
- O Espírito é o Organizador, Condutor e Guia que leva toda a criação ao seu destino que é glorificar a Deus.

Regeneração                                                   Santificação                                                  Glorificação
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Quem vai conduzir esse processo é o Espírito Santo.



- Criação são todas as coisas que Deus fez: Flor, cachorro, estrelas, homem etc...

·        Contudo, quão diferentes eles são, e quão variadas são suas maneiras e intensidade de glorificar a Deus.


·        É evidente que, enquanto toda flor e estrela aumentam sua glória, a vida dos anjos e dos homens é de muito maior importância para seu reino e, novamente, entre esses, estão mais intimamente relacionados à sua glória aqueles a quem ele colocou em posição de autoridade, mais próximo de todos os seus filhos gerados pelo seu Espírito Santo, e admitidos ao seu pavilhão secreto.

·        Nós concluímos então que a glória de Deus é refletida mais em seus filhos e visto que nenhum homem pode ser filho dele, a menos que ele o tenha gerado, nós confessamos que sua glória é mais aparente em seus eleitos ou em sua Igreja.
(Romanos 8: 9)

- Conseqüentemente, temos a pergunta: “Como é que a multidão dos eleitos alcançará sua perfeição final?

·          A resposta não pode ser duvidosa. Os filhos de Deus nunca podem realizar seu fim glorioso a menos que Deus habite neles, usando-os como seu templo. (I Coríntios 6: 19-20).

·        O desejo de Deus para conosco é que possamos conhecer Deus face a face, e gozarmos da felicidade da comunhão mais íntima com o Senhor.

·        Isso pode acontecer em nós, pela habitação de Deus em nosso coração, e visto que é a Terceira Pessoa da Santa Trindade que entra no espírito do homem e dos anjos, é evidente que os propósitos mais elevados de Deus são concretizados quando o Espírito Santo faz do coração do homem seu lugar de habitação.

·        Conseguimos ver claramente o agir do Espírito Santo na vida do homem, após a sua conversão, no desenvolvimento da salvação.


·        Quando o pecado entrou no mundo, um poder apareceu para distanciar o homem e a natureza do seu destino. Assim é que o Espírito Santo deve antagonizar o pecado; o Seu chamado é para aniquilar o pecado; e apesar da oposição do pecado em evitar que os filhos de Deus bem como toda a criação alcancem o seu fim.
(Romanos 8: 18-25)



·        I Pedro 3: 18
- Jesus abriu o caminho para Deus e o Espírito nos conduz nele.



·        Ele tomou sobre si a responsabilidade de trazer todas as coisas até o seu destino, seja sem a interferência do pecado, ou seja, apesar dela.
- Salva os eleitos, restaurando o seu coração.
- Da inspiração para escrever a palavra de Deus.


Conclusão

·        O Espírito organiza tudo.
- Quem nos faz enxergar que somos pecadores, e que necessitamos de Jesus para termos vida?
O próprio Espírito.
Romanos 8: 1-6/ Romanos 8: 11/ Romanos 8: 12-17/ Romanos 8: 26-27.

- É Deus que vem a nós pelo seu Espírito e não nós que vamos a Deus.



Aplicação

Aprendemos que o Espírito nos conduz a ter uma vida que glorifique a Deus.

Como eu posso glorificar a Deus?
Busque o reino dEle. Buscar o reino de Deus é fazer a vontade dEle aqui e agora.


Como eu posso aprender a buscar o reino de Deus?
Use alguns meios de graças que Ele nos concedeu:

- A palavra que foi inspirada pelo o Espírito.

- A oração que também é conduzida pelo Espírito.



                                                           

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Pneumatologia - A Pessoalidade do Espírito Santo

Lição 1 – A Pessoalidade do Espírito Santo

Texto base: 2 Coríntios 3.18



Objetivo desta lição
Nesta lição, desejamos que os alunos saibam argumentar biblicamente em favor da pessoalidade do Espírito Santo e compreendam as implicações da mesma.

Introdução
Não resta nenhuma dúvida de que nos dias atuais existe uma grande confusão teológica ligada ao tema “Pessoa e Obra do Espírito Santo”. O avanço do pentecostalismo e principalmente a explosão do neopentecostalismo definiram uma demanda teológica muitíssimo importante no cristianismo protestante: uma compreensão maior da “Pneumatologia” (Estudo da Pessoa do Espírito Santo).
A ênfase neopentecostal no “poder” do Espírito Santo, diminui a visão de sua pessoalidade. Afinal, sua visão enfatiza fortemente os resultados da presença do Espírito na Igreja e apaga a importância do próprio Espírito como pessoa. Sua concepção do que é o “batismo com o Espírito Santo” está focada ao considerá-lo apenas como o “poder de Deus” derramado sobre a igreja e omite os valores da sua vontade e do relacionamento pessoal do crente com o Espírito.  
Por outro lado, a omissão do protestantismo histórico sobre o tema, produz uma certa ignorância teológica sobre a pessoa e obra do Espírito Santo e isto desemboca no mesmo problema que é a produção de um relacionamento pessoal apático e deficitário do crente com o Espírito Santo.
Nas lições deste trimestre procuraremos desenvolver uma conceituação bíblica da pessoa e obra do Espírito Santo, buscando enfatizar a importância de um relacionamento equilibrado e vivo do crente com o Espírito.

1 – A Importância de Uma Visão Bíblica e Sadia da Pessoalidade do Espírito Santo
Somente uma visão bíblica da pessoalidade do Espírito Santo nos proporcionará um relacionamento adequado com Deus. Afinal, o Espírito Santo está no começo, meio e fim da nossa nova em Cristo Jesus.
Sem a obra do Espírito Santo e o seu agir em nosso coração, nosso relacionamento com Deus é impossível, afinal somente podemos viver o relacionamento filial com Deus, por meio do Espírito que habita em nós (Rm 8.14-16).
A – O Espírito Santo Como Fonte da Nova Vida em Cristo
Muitas são as razões para que nos importemos em ter um relacionamento pessoal com o Espírito Santo. No entanto, a ênfase bíblica é que este relacionamento deve ser profundo e abundante porque o Espírito Santo é o condutor da nova vida que temos em Cristo.
O Espírito Santo é responsável pelo surgimento de uma nova vida em nós (Tt 3.4-6; Jo 3.5-6) e sem esta obra do Espírito não existe nenhum relacionamento filial entre o homem e Deus (Rm 8.14-16). Portanto, dependemos da obra pessoal do Espírito Santo e de sua vontade regeneradora para que tenhamos vida em Cristo Jesus (1Co 12.3; 11).
B – O Espírito Santo Como Potencializador da Nova Vida em Cristo
Nenhum ser humano vivo permanece exatamente como era no dia do seu nascimento. Pelo contrário, imediatamente após o seu nascimento já apresenta os sinais de um desenvolvimento natural, ou seja, ela passa por processos de amadurecimento biológico, intelectual, emocional etc.
Da mesma forma, nossa nova vida em Cristo não pode se limitar apenas ao surgimento do novo homem, mas carece de um desenvolvimento (1Co 3.1-2). Este desenvolvimento é potencializado pelo Espirito Santo, quando passa a suprir nossa mente com uma nova percepção sobre Deus e a vida (Jo 16.13).
Paulo compreendeu que a presença do Espírito Santo na vida do crente não é estática, mas dinâmica, isto é, ele não apenas cumpre a função de nos dar vida, mas nos ajuda a desenvolvê-la e amadurecê-la para que nos tornemos mais santos e habilitados para agradar a Deus (Rm 8.5-11).
C – O Espírito Santo Como Garantidor da Nova Vida em Cristo
Um outro aspecto que aponta para a importância da nossa relação pessoal com o Espírito Santo é a obra que ele faz como selo ou garantidor da nossa nova vida em Cristo (Ef 1.13-14).
Paulo indica o Espírito como o “penhor” que garante que pertencemos a Deus até o fim. Assim como no mundo antigo o selo garantia a autenticidade de uma carta e estabelecia sua inviolabilidade, da mesma forma, a presença do Espírito Santo em nós é que garante que pertencemos a Deus e nos protege nesta condição (Ef 4.30).
Assim, o Espírito Santo é apresentado na Escritura como a fonte, o desenvolvimento e a garantia da nossa vida em Cristo Jesus (2Co 3.17-18).

2 – Provas Bíblicas da Pessoalidade do Espírito Santo
Alguns elementos indicam a individualidade de uma pessoa, tais como, vontade, sentimentos, pensamentos próprios, autodistinção etc. Estes elementos que distinguem uma individualidade pessoal aparecem nas Escrituras relacionados com o Espírito Santo. Veremos a seguir alguns destes elementos da pessoalidade do Espírito conforme as Escrituras apresentam.
A – Distinção entre o Espírito e as demais pessoas da Trindade
Logo no início do relato bíblico da Criação, o Espírito Santo é apresentado em uma atividade reguladora, sendo portanto, considerado distinto de Deus, compreendido como a figura do Pai (Gn 1.2). Aqui, como em outros lugares, o Espírito é chamado de “o Espírito de Deus” (Gn 41.38; Jó 33.4; 1Co 12.3) e isto claramente indica a distinção entre a pessoa do Espírito e do Pai (Deus).
O Espírito Santo também é chamado nas Escrituras de “o Espírito de Cristo” (1Pe 1.10-11; Gl 4.6). Desta forma, os textos bíblicos distinguem o Espírito Santo da Segunda Pessoa da Trindade, o Filho.
Não somente denominando-o de Espírito de Cristo, mas a Bíblia faz a distinção entre o Filho e o Espírito, quando indica que o filho envia o Espírito (Jo 16.7).
  
B – O Espírito Santo tem sentimentos pessoais
Algumas vezes, as Escrituras se referem ao Espírito Santo enfatizando seus sentimentos pessoais. Esta maneira de se dirigir ao Espírito mostra mais um componente de sua pessoalidade real. Pois, uma mera energia, ou força não tem sentimentos.
Paulo alerta sobre o fato de que podemos “entristecer” a pessoa do Espírito Santo (Ef 4.30) e o escritor aos Hebreus revela que ele pode se sentir ultrajado (Hb 10.29).

O Espírito, por amor, percebendo nossa fraqueza, intercede por nós e expressa o seu sentimento e urgência e necessidade a nosso respeito quando o faz com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26).